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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Elementar



Meu nome, se eu lhe disser, nunca compreenderá. Minha denominação é aquela que só pode ser proferida pelas águas e pelos ventos. Quem sou eu ? Por querer estar em todos os lugares e principalmente onde as coisas acontecem, sou o vento, por nascer sabendo que sou parte de algo grande e extraordinário, sou a água.

Não sofro crise identidade, muito menos gosto de ser estereotipado, sou apenas o tudo, ou apenas o tudo eu almejo. Sou energético como o fogo e quente como a lava, e ao mesmo tempo sou como a neve, frio e inabitado.

Dentre essa mutabilidade de elementos, me encontro com o vento, tendendo a ser célere, frígido, estéril, abrasivo, porém leve.  Sinto fome a qualquer badalada do dia, sou a agitação e sou a mudança. Sou a crise emocional que logo é esquecida. Ando depressa apresentando comigo o entusiasmo, a vivacidade e imaginação. Canso depressa, me esforçando mais, sem arruinar o foco e a determinação.  

Sou a ansiedade que não te deixa dormir, não te deixa adotar um padrão, que faz o habitual abruptamente tornar-se azucrinante. Conforto-te em noites de insônia, eu sou o vento, eu sou a brisa do instante.

domingo, 4 de setembro de 2011

Perdão ?


Não quero escutar o urro do seu arrependimento,
Muito menos a palavra perdão.
De que lhe vale me pedir desculpas,
Se ao amanhecer podes me ferir de novo.
Desculpa; um termo que usamos depois que alanhamos alguém,
Um vocábulo que hoje, perdeu a sua essência e seu decoro!
Raphaël Andrade

Prazeres Engarrafados


Novos momentos são presságios de tempos que eu gostaria de engarrafá-los e abri-los em períodos nostálgicos. O tempo passa, e tudo aquilo que era novidade acaba se tornando enjoativo.
O que eu gostaria de resguardar não são apenas lembranças, porém aquele conjunto de reações químicas que nos leva a euforia e a excitação do acontecer como um novo.
Ao abrir essas garrafas gostaria de sentir aquele nervosismo do primeiro beijo, as boas risadas do começo de uma amizade, a alegria de passar em um vestibular ou até mesmo voltar à puerícia e degustar de um mundo sem malícia.
Um infortúnio que meu desejo seja apenas um adágio utópico e, que estes lances de fato ficarão apenas marcados em meu fruto. Porém, que sejam doces enquanto perdurem e que me instiguem a buscar mais e mais aventuras a serem engarrafadas.

Raphael Andrade

Uma proza com Filipe.

“É difícil você abrir uma porta sem saber para aonde ir, acabo perdendo-me em meus devaneios tendo como única saída esquivar da realidade para arriscar ser feliz. A indecisão arrazoa em meu peito brando, embaraça meu aforismo e devora minha alma. Desoriento-me em um universo paralelo buscando estabilidade neste estado de espírito e material chamado felicidade. Se eu capacitasse, calçaria em mil leões e pisaria em mil cobras quando cuja boca fala vaidade e a mão direita é a destra de falsidade. Sei que correrei e não me fadigarei, que andarei e mesmo assim não cansarei, pois dentre tantas portas, no momento judicioso o bendito caminho encontrarei.”

Dedicado ao meu irmão, Filipe Canali.


- Raphael Andrade

Covardes.

Você não obtém êxito, pois tem medo de arriscar e antes mesmo de tentar logo pensa que fracassará. Inundando em seu próprio ego, fazendo do orgulho o próprio ar que respira, perdendo a chance de talvez, ser feliz, entregando-se ao mundo dos covardes!
Raphael Andrade